TESOURA

POR

Fernando Mendes

A um só tempo delicado e robusto, o aparador Tesoura tem suas formas inspiradas na tesoura, estrutura construtiva que dá sustentação aos telhados tradicionais. Criado com exclusividade para a Dpot e fabricado no ateliê de Fernando Mendes, o móvel segue as técnicas da marcenaria artesanal – privilegiando o encaixe, os contornos arredondados e o respeito à madeira – além de outras características do trabalho do designer, como o acabamento primoroso e a conexão profunda entre a criação e a produção. Fabricado com a nobre madeira freijó e montado à mão, é uma peça de apoio para salas ou para dividir ambientes. Seu desenho permite variações de medidas de tampo e também de altura, para que a peça possa assumir novas funções, como mesa de jantar ou escrivaninha.

MEDIDAS
Altura: 80 cm
Largura: 200, 220, 250, 270, 320 cm
Profundidade: 70 cm

MATERIAIS E ACABAMENTO
Estrutura de madeira maciça natural freijó e tampo de vidro.


SOBRE Fernando Mendes

Fernando Mendes de Almeida cursou desenho industrial na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e arquitetura e urbanismo nas Faculdades Integradas Bennett. Entre 1993 e 2000, trabalhou no escritório de arquitetura e design do arquiteto Sergio Rodrigues. Nesse período, colaborou ativamente no detalhamento e acompanhamento da produção de móveis e em 25 construções feitas com madeira pelo sistema SR2 (uma brincadeira com o nome Sergio Roberto Santos Rodrigues, que tem dois Ss e dois Rs), método construtivo industrial criado pelo designer na década de 1960. "Os sete anos que trabalhei no estúdio de Sergio Rodrigues representaram para mim mais do que as duas faculdades que cursei. Lá, aprendi a importância do entusiasmo ao se projetar, um sofá, uma casa ou um ambiente, não importa o quê”, diz Mendes. A parceria com o mestre, de quem Fernando Mendes era primo, durou até a morte de Sergio Rodrigues, em setembro de 2014. Mais recentemente, em paralelo à fabricação de suas próprias peças, o designer se dedicou a organizar os desenhos de Rodrigues, em busca de protótipos e criações esquecidas. Em 2013, a exposição Diálogos, em São Paulo, mostrou ao público 12 peças desenhadas por Sergio Rodrigues e revisitadas por Fernando Mendes, como em uma conversa afinada entre duas gerações, entre mestre e aprendiz. Devoto da marcenaria tradicional, o designer (ou artífice, como se define) fabrica mobiliário artesanalmente em seu ateliê, no Rio de Janeiro, privilegiando o encaixe, o desenho simples e sofisticado e o bom acabamento. Assim como Sergio Rodrigues, gosta de homenagear amigos, parceiros e clientes ao nomear suas criações. A Poltrona Ventura, por exemplo, é um tributo ao casal Mary e Zuenir Ventura, que encomendou a primeira peça. A cadeira Rê, com sua estrutura delicada, graciosa e funcional, é uma declaração de amor a sua mulher, Renata. Já o nome do banco Antonio, construído apenas com peças torneadas, foi escolhido em reverência ao exímio torneiro português Antonio Fernandes da Rocha, que, por mais de dez anos, fez todo o serviço de tornearia das peças de Mendes.

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