REVISTEIRO NINI

POR

Zanine Caldas

O revisteiro Nini integra o conjunto de peças criadas por Zanine Caldas na década de 1950 para a Móveis Artísticos Z – fábrica fundada por ele em São José dos Campos (SP) – que ganharam uma nova edição no final de 2016. Cada móvel recebeu o nome ou o apelido de cada um dos seis filhos de Zanine. O apelido do filho caçula, o designer Zanini (Nini) de Zanine, dá nome a este revisteiro, que traz os recortes geométricos que marcam a obra do mestre da madeira.

MEDIDAS
Altura: 50 cm
Largura: 50 cm
Profundidade: 43 cm

MATERIAIS E ACABAMENTO
Madeira maciça e compensado de madeira.


SOBRE Zanine Caldas

O baiano José Zanine Caldas (1918-2001) foi arquiteto e designer autodidata. Reconhecido internacionalmente, é considerado um mestre da madeira e uma referência no mobiliário moderno brasileiro. No começo de sua carreira, conviveu e trabalhou como maquetista para alguns dos principais arquitetos do país: Oscar Niemeyer, Oswaldo Bratke, Henrique Mindlin e Rino Levi. A pesquisa de materiais o levou ao desenho de móveis em compensado laminado. Ele e sua "Móveis Artísticos Z" foram grandes responsáveis pela introdução do móvel moderno nas casas brasileiras. Fundada em 1948, no interior de São Paulo, a fábrica tinha produção quase toda mecanizada e chegou a ter 300 funcionários. Os móveis, pioneiros na forma, no material e na técnica, ajudaram a escrever uma parte importante da história do design no Brasil. A partir dos anos 1960, com o fim da "Móveis Artísticos Z", Zanine envolveu-se com diversos outros projetos de mobiliário e arquitetura, e também com as questões relativas à preservação de nossas florestas, utilizando madeiras abandonadas em móveis bastante escultóricos. Em 1968, estabeleceu uma oficina para antigos canoeiros em Nova Viçosa, em seu Estado natal, buscando retomar sua ligação com as técnicas caboclas e reinterpretar as tradições do artesanato local. Sonhava transformar a cidade em uma capital cultural. Na empreitada, chegou a reunir nomes como Chico Buarque, Oscar Niemeyer e Dorival Caymmi. Foi lá também que participou da criação de uma reserva ecológica com o artista Frans Krajcberg, para quem projetou um ateliê em 1971. No início da década de 1980, fundou o Centro de Desenvolvimento das Aplicações da Madeira (DAM), no Rio de Janeiro, um núcleo de pesquisa sobre o uso das madeiras brasileiras na construção civil, com o objetivo de valorizar o material e evitar a destruição das florestas no país. Aos 70 anos, foi tema de uma exposição de arquitetura e design no museu do Louvre, em Paris, e, finalmente, reconhecido como arquiteto pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em 1991. Na ocasião, o arquiteto Lucio Costa fez questão de lhe entregar o título de arquiteto honorário. Em 2003, seu trabalho ganhou uma homenagem com a bela exposição "Ver Zanine", no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, documentada também em livro.

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