MEIO DOMINÓ

POR

Claudia Moreira Salles

Meio Dominó é a versão reduzida, com metade da profundidade, do Banco Dominó, criação de Claudia Moreira Salles. É um banco que pode tanto ser usado para dividir ambientes quanto ficar solto no espaço. As linhas retas que remetem à arquitetura modernista são adoçadas pelo rolo miesiano que divide o assento e pelas concavidades, com pequenos furos para o escoamento da água, que dão conforto e ritmo à peça. A estrutura dos pés é fabricada em aço inox. Em 2016, a versão Meio Dominó, ganhou uma versão estendida, mais comprida. Para uso em áreas internas, o rolo central pode ser fabricado de madeiras nobres, como o pinho de riga; para áreas externas, o rolo é de concreto.

MEDIDAS
Altura: 48 cm
Largura: 190 ou 273 cm
Profundidade: 45 cm

MATERIAIS E ACABAMENTO
Concreto e aço inox


SOBRE Claudia Moreira Salles

Formada pela Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI/RJ), em 1978, a carioca Claudia Moreira Salles teve o privilégio de iniciar sua carreira convivendo com o primeiro time do design brasileiro: trabalhou sob orientação de Freddy Van Camp e Karl Heinz Bergmiller na criação de sistemas complexos de mobiliário para escritórios e bibliotecas. Em 1988, abriu seu próprio escritório, em São Paulo, e começou a desenhar para a Nanni Movelaria (1981-1995), marco na história do móvel brasileiro. Desde então, especializou-se na criação de mobília em madeira. Tem diversos produtos comercializados por empresas no Brasil e no exterior, além de se dedicar ao desenvolvimento de projetos de design de interiores para residências e escritórios. Reconhecidamente um dos expoentes do design brasileiro de sua geração, tem seu trabalho fartamente exposto e publicado. Já realizou três exposições individuais – na Casa França Brasil (RJ, 1998), no Museu da Casa Brasileira (SP, 2005) e no Paço Imperial (RJ, 2006) – e teve sua carreira coroada com dois livros. “Claudia Moreira Salles – Designer” (2005, BEI Editora) traz uma análise da jornalista e curadora Adélia Borges sobre a contribuição da artista para o design nacional a partir da análise de seus móveis mais representativos. “Na contracorrente do culto atual à novidade, à celebridade, ao alarde, ao espetáculo, este é um trabalho silencioso, cujas qualidades de constância e densidade o tempo só nos ajuda a melhor usufruir”, observa Adélia. Publicado em 2013, "Claudia Moreira Salles" (BEI Editora) reconta a trajetória profissional da designer e seu processo produtivo por meio de suas principais obras. Escrito pela própria Claudia, tem entrevista e prefácio assinados pela curadora e crítica de design norte-americana Karen Stein. “Claudia Moreira Salles nos mostra que o impacto duradouro vem não de se destacar provocativamente na multidão, mas de se colocar de modo decidido no meio dela, com os olhos bem abertos”, escreveu Karen na introdução do volume. Em 2016, lançou na dpot o livro “Sintonia Fina – Luminárias” (BEI Editora), sobre sua produção de luminárias com madeira de demolição, cobre e nióbio. Em 2017, Claudia Moreira Salles foi eleita a Designer do Ano na edição de estreia do Prêmio Casa Vogue Design. O júri elegeu ainda o Mancebo Stand By, lançado com exclusividade pela dpot, o vencedor na categoria Complementos e selecionou a mesa Tal como finalista na categoria Mobiliário.